Segmento pet tem crescimento de 15% na venda de produtos para animais

animais

Ilustativa

Levantamento da Comissão de Animais de Companhia (Comac) do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (SINDAN) indica crescimento expressivo de todas as categorias de produtos pet com expectativas para expansão otimistas

   Se a pandemia do coronavírus revelou uma coisa sobre a indústria pet é que o segmento é resiliente e se encontra em rápida expansão. Mesmo tendo uma queda de cerca de 30% no faturamento no 2° trimestre de 2020, o mercado pet se recuperou e teve uma forte retomada no segundo semestre, de acordo com os dados da Comissão de Animais de Companhia (Comac), parte do Sindicato Nacional das Indústrias de Produtos para a Saúde Animal (Sindan). 

    O faturamento bruto do setor foi de R$ 5 bilhões em 2020, valor 15% superior ao ano anterior. Esse é um dado otimista já que tantos setores enfrentaram uma grande queda no mesmo período. O levantamento também mostra que todas as categorias de produtos pet tiveram crescimento expressivo, com destaque para ectoparasiticidas (24%), produtos terapêuticos (22%), vacinas (16%) e produtos dermatológicos (15%), fechando uma média de 19,25%. 

    Mesmo com incertezas econômicas, as previsões da Comac estimam que o setor cresça dentro da sua base histórica de 15 a 18% em 2021, principalmente por conta do estreitamento de laços afetivos entre os tutores e os pets. O número corresponde a quase o dobro do crescimento mundial de 2020, que foi de 6,1%, segundo estimativas da Global Market Insights. 

    Segundo a pesquisa Radar Pet da COMAC, os brasileiros enxergam os pets como um filho ou membro da família. Por conta disso, a saúde dos animais de companhia é considerada tão importante dentro do lar quanto das demais pessoas. Também existe uma grande preocupação com o envelhecimento do pet e o cuidado com a saúde preventiva dos animais. 

   Isso condiz com a expectativa de que aumente o investimento dos tutores no bem-estar dos animais, potencializando o crescimento do mercado pet. O coordenador da Comac, Leonardo Brandão acredita que a rápida recuperação do setor demonstra os efeitos que a pandemia teve na relação entre os tutores e seus pets.  

“Apesar de possuir características próprias, o mercado pet é sensível à queda do varejo. O ponto importante que eu vejo é que essa recuperação acelerada no segundo semestre de 2020 se deve a um fator interessante: a reclusão das pessoas em casa e o maior contato com os seus pets fez com que os tutores prestassem mais atenção às suas necessidades, o que pode ter um dos motivos da aceleração do setor, associado a um aumento no número de adoções pelos tutores. Acreditamos que esse cuidado vá continuar mantendo o setor aquecido”, observa. 

   Para compreender melhor o comportamento no setor no último ano, em breve a Comac lançará uma nova edição da pesquisa Radar Pet, com as principais informações sobre os hábitos dos tutores e tendências do mercado. 

    A Comac (Comissão de Animais de Companhia) foi criada em 2007 e trata dos interesses de um dos mais importantes e crescentes segmentos da indústria veterinária brasileira e mundial, o mercado de cães e gatos. A instituição surgiu com a necessidade de cuidar do mercado de animais de companhia e, por meio da interação com os principais players desse mercado, a Comac executa ações que estimulam o desenvolvimento do mercado pet brasileiro, principalmente das áreas ligadas à saúde animal. 

Tradução »