6 fatores que podem reduzir o desejo sexual em mulheres

desejo sexual

Estresse e cansaço, alterações hormonais e até mesmo doenças como a depressão, também podem causar e perda da libido no público feminino

    O sexo faz parte da rotina de qualquer casal, sendo uma das bases de um relacionamento. Mas é natural que, em alguns dias, as mulheres não sintam necessidade de praticar relações sexuais. “A perda ou diminuição da libido, ou seja, a falta de apetite sexual é um problema muito frequente, acometendo de 15 a 35% das mulheres.

    O problema pode estar relacionado simplesmente a dinâmica do relacionamento e ao cotidiano, sendo causado por fatores como cansaço e estresse, o que, geralmente, é solucionado naturalmente”, explica a Dra. Eloisa Pinho, ginecologista e obstetra da Clínica GRU.
    No entanto, o comportamento pode ser também sinal de algo mais sério. Por isso, é fundamental ficar atenta ao apetite sexual e consultar um ginecologista caso o problema se estenda por longos períodos, o que pode estar relacionado a diversas causas, que a especialista listou abaixo:

Uso de anticoncepcional:

   As pílulas anticoncepcionais hormonais são muito utilizadas pelas mulheres, pois, além de prevenirem a gravidez, ainda ajudam a regular o ciclo menstrual e reduzir cólicas, o fluxo de sangramento e até mesmo problemas como acne.

   No entanto, não é incomum que algumas mulheres apresentem certos efeitos colaterais devido ao uso do medicamento, principalmente nos primeiros meses, como a redução do apetite sexual.

  “Isso porque, além de impedir a ovulação, as pílulas anticoncepcionais de estrogênio e progesterona podem atrapalhar e diminuir significativamente a produção de testosterona, hormônio que está diretamente relacionado ao estímulo da libido. No entanto, esse efeito do medicamento pode variar de mulher para mulher e, em alguns casos, a paciente pode, na verdade, se sentir ainda mais ativa sexualmente por estar protegida contra uma gravidez”, destaca a médica.

Ciclo menstrual:

   Muitas mulheres sentem um aumento na libido durante a ovulação, pois é a maneira do organismo fazer com que a mulher permaneça ativa sexualmente no período fértil mesmo que não esteja tentando engravidar.

  “Logo, é comum também que as mulheres se sintam menos dispostas a praticar relações sexuais em outros períodos do mês, seja por falta de desejo ou por estarem menstruadas, por exemplo. Mas é importante ressaltar que não há problema algum em fazer sexo durante a menstruação”, afirma a ginecologista.

Doenças ginecológicas x desejo sexual:

   Algumas condições que afetam a saúde da vagina podem prejudicar a mulher não apenas fisicamente, mas também mentalmente, diminuindo então a libido.

  “O vaginismo, por exemplo, é uma doença geralmente causada por fatores psicológicos em que os músculos da vagina realizam contrações involuntárias que podem impedir a penetração e, consequentemente causar grande dor durante as relações sexuais, diminuindo a vontade da mulher de praticá-las”, afirma a ginecologista.

Depressão:

  A depressão figura entre uma das principais causas da redução da libido, pois é uma doença acompanhada de sintomas como estresse, ansiedade e baixa autoestima, fatores que contribuem diretamente para a perda do desejo sexual.

  “Além disso, os medicamentos antidepressivos utilizados no tratamento da condição também são responsáveis pela diminuição do apetite sexual, já que causam desequilíbrios nos níveis hormonais. Porém, nem todos os medicamentos causam esse efeito e, por isso, o acompanhamento psicológico e ginecológico é fundamental no tratamento da condição de forma a evitar impacto sobre a libido”, aconselha a especialista.

Menopausa:

  Afetando todas as mulheres em algum momento da vida, a menopausa é um processo natural do envelhecimento que ocorre quando a quantidade de óvulos se esgota e a produção de hormônios é reduzida, causando assim uma série de alterações no organismo da mulher, como a redução da libido.

  “Isso porque, além da diminuição drástica na produção de testosterona e estrogênio, a menopausa também é marcada por aumento de peso, ressecamento vaginal e dor, desconforto e até sangramento durante relações sexuais, o que, consequentemente pode diminuir a vontade da mulher de fazer sexo”, diz a Dra. Eloisa.

Transtorno do desejo sexual hipoativo:

  Existe ainda uma condição médica caracterizada justamente pela redução ou perda da libido, conhecida como transtorno ou distúrbio do desejo sexual hipoativo.

  “Afetando principalmente mulheres, o distúrbio do desejo sexual hipoativo é uma condição comum e de difícil diagnóstico que causa a falta persistente de desejo sexual sem que haja outras causas envolvidas. O problema pode causar sofrimento pessoal e dificuldades no relacionamento e geralmente está relacionado a questões psicológicas”, destaca a médica.

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  Por fim, é importante ressaltar que não há problema algum em não sentir vontade ou necessidade de praticar relações sexuais, afinal, essa é uma decisão que cabe apenas a você.

  “No entanto, caso a falta de libido esteja te afetando física, mental e amorosamente, o recomendado é que você consulte um ginecologista, já que apenas ele poderá diagnosticar a real causa do problema e indicar o tratamento mais adequado, que vai variar de acordo com cada caso e pode incluir terapia de reposição hormonal, acompanhamento psicológico, substituição dos métodos contraceptivos e outros medicamentos ou simplesmente a adoção de um estilo de vida mais saudável, com uma alimentação balanceada, a prática regular de exercícios físicos e boas noites de sono”, finaliza a Dra. Eloisa Pinho.

FONTE: DRA. ELOISA PINHO – Ginecologista e obstetra, pós-graduada em ultrassonografia ginecológica e obstétrica pela CETRUS. 

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