VOCÊ CONHECE A ABA?
Elma Monteiro
A esperança mora onde menos se espera e tem as mais diferentes formas. E é onde não se espera, no extremo da Zona Leste de São Paulo, na Cidade Tiradentes, uma das comunidades mais carentes de São Paulo, há 11 anos funciona a ABA – Associação Bianca Alves.
A ABA tem como bandeira o atendimento de pessoas com deficiência independentemente de idade ou do prognóstico clínico de sua patologia, pois sua missão é garantir às pessoas deficientes melhor qualidade de vida e amparo a seus familiares.
Sua fundadora, Maria da Gloria Silva, 56 anos, pessoa de sorriso fácil e acolhedor, fundou a associação pouco depois de sua filha, Bianca Alves, contrair meningite ainda criança e sofrer inúmeras sequelas. Por isso, da noite para o dia, Gloria, como é conhecida na região, deixou de ser a mãe de um bebê saudável para tornar-se a mãe de uma criança com deficiência múltipla:
“Eu fui de lugar em lugar com a minha filha atrás de atendimento, mas eles diziam que ela não se encaixava no padrão deles por que tinha várias deficiências, a faculdade era o único lugar que atendia a Bianca, então eu olhava e aprendia, e com as outras mães, a gente ia trocando experiências e aconteceu a associação”
Atualmente a Aba atende 32 famílias, com pessoas de variadas deficiências causadas por doenças degenerativas ou síndromes variadas. A ideia é que as pessoas deficientes, na medida do possível reabilitem-se e possam viver com o máximo de autonomia e dignidade, levando-se em consideração a condição clínica de cada paciente.
A associação ainda conta com projeto social que ensina costura profissional às mulheres responsáveis pelos pacientes, a fim de que essas possam exercer alguma atividade remunerada, mesmo que em suas próprias casas.
A respeito da questão da inclusão social, Gloria afirmou que:
“No papel é uma coisa, a realidade é bem diferente, não há inclusão de verdade, falta muito, em época de eleição os candidatos falaram muito de inclusão buscando o voto do deficiente, só que nem votar essas pessoas conseguem porque não tem elevador na sessão. A pessoa que sofre acidente de trabalho, pode contar com alguma ajuda do SUS para se reabilitar, mas a pessoa com deficiência múltipla não tem quase ajuda, na verdade o governo quer é se livrar, eles camuflam, fazem de conta que se importam”
Ajude a ABA a continuar ajudando, participe de nossa campanha para reforma do espaço que está em condições precárias. Seja você também um herói na luta pela inclusão social!
Venha nos visitar na Rua Luís Bordese 93, lojas 3 e 4, Cidade Tiradentes ou entre em contato conosco pelo telefone 11 2016-4264.
Não deixe a ABA fechar as portas, você pode ajudar doando materiais para fisioterapia, materiais para reforma, mão-de-obra para a reforma ou através de doações na conta da instituição:
Banco do Brasil Agência 3011 C/C 20563-x, ou ainda poderá ser um voluntário da ABA, fale conosco.
Caso você seja fisioterapeuta, fonoaudiólogo(a), terapeuta ocupacional ou professor(a) de costura, doe um pouco de seu tempo para nós! Ajudar faz bem!