Vendas de genéricos crescem 6,43% em 2019 e economia acumulada para o consumidor bate a marca de R$ 150 bilhões

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  • Mercado de genérico cresceu quase três vezes mais que o mercado de Referência.
  • Desde que chegaram ao mercado, os genéricos proporcionaram uma economia superior a R$ 150 bilhões para população brasileira.
  • Dos 20 produtos mais prescritos no ano, 15 são genéricos.

 

   A indústria de medicamentos genéricos registrou crescimento de 6,43% no número de unidades vendidas em 2019 se comparado com 2018. No total, foram comercializadas 1.482 bilhão de unidades, de acordo com balanço da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genérico a partir de dados do IQVIA, empresa global especializada na auditoria do varejo farmacêutico.

    No mesmo período, o mercado farmacêutico total registrou expansão menor, de 4,66%, 1,77 pontos percentuais a menos que o mercado de genérico. Já as vendas de medicamentos similares ampliaram em 4,37% e o segmento de medicamentos de referência cresceu apenas 2,18%, três vezes menos que o desempenho apresentado pelos genéricos.

    Os resultados anuais apontam que a indústria de genérico representa mais de 1/3 (34,04%) do mercado total de medicamentos, em unidades. O índice corresponde apenas às vendas realizadas no varejo e não compreende as vendas para hospitais e setor público.

 “Esses dados demostram que o mercado de genérico segue como o motor de crescimento da indústria farmacêutica no mercado doméstico, impulsionado pela adesão do consumidor, que busca preço e qualidade, e maior confiança da classe médica, proporcionando a ampliação do acesso a medicamentos no país”, explica Telma Salles, presidente da PróGenéricos.

     De acordo com o levantamento, em valores, as vendas de genéricos registraram crescimento de 14,87%, atingindo a marca de R$ 9,82 bilhões comercializados em 2019, já considerando os descontos concedidos ao varejo.

    Vale lembrar que, por Lei, os genéricos custam 35% menos que os medicamentos de referência. No entanto, diante da concorrência acirrada, na prática, os descontos oferecidos pelos fabricantes podem chegar em até 60% no varejo. “Este foi um ano de recuperação parcial de margens, que estavam represadas, e racionalização dos descontos, sem comprometer o acesso”, diz Telma Salles. O crescimento em valor se deu também por conta do lançamento de novos genéricos, incluindo moléculas de maior valor agregado.

 Economia e benefício para o consumidor

    Ainda de acordo com o balanço, desde que chegaram ao mercado, em 2000, os genéricos geraram uma economia superior a R$ 150 bilhões em gastos com medicamentos para os consumidores brasileiros. O valor é potencialmente maior, uma vez que esse indicador só considera o desconto de 35% previsto na lei.

 “Os genéricos têm como propósito ampliar o acesso, garantindo tratamentos eficazes, seguros e mais baratos e tem forte impacto especialmente no caso de medicamentos para doenças crônicas, que exigem uso contínuo dos pacientes”, lembra Telma.  

    Atualmente, os genéricos para o tratamento de hipertensão e colesterol, por exemplo, representam mais de 72% do market share, em unidades, enquanto os medicamentos similares e de referência detém apenas 10,85% e 5,11%, respectivamente.  “Os genéricos estão cumprindo seu papel histórico de viabilizar o acesso dos consumidores, permitindo que os pacientes possam seguir com seus tratamentos”, reforça.

    Ainda de acordo com dados do IQVIA, dos 20 medicamentos mais prescritos no ano de 2019, 15 deles foram receitados com a indicação do princípio ativo genérico, reforçando a confiança da classe médica. Os cinco primeiros genéricos são: Losartana, H.C Tiazida, Amoxicilina e Sinvastatina, Atenolol. 

   Atualmente, 85 laboratórios comercializam medicamentos genéricos no país. O mercado tem 3.325 registros de genéricos e mais de 21,7 mil apresentações, de acordo com a Anvisa.

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