SMS define protocolos para prevenção e controle da Monkeypox em estabelecimentos comerciais

Monkeypox

Foto: HC UNICAMP

Estabelecimentos de prestação de serviços, como restaurantes, supermercados, salões de beleza, academias, hotéis e motéis devem seguir medidas de prevenção e controle da Monkeypox

    Riselda Morais – SP – A Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, através do Comitê Técnico Operacional para enfrentamento da Monkeypox, definiu nesta quarta-feira (24/08) medidas sanitárias para prevenção e controle da Varíola Símia em estabelecimentos comerciais como hotéis, motéis, salões de beleza, academias, restaurantes e supermercados.
  De acordo com o documento os estabelecimentos comerciais devem manter os mesmos procedimentos de prevenção já adotados durante a pandemia de Covid-19.  

Vejamos as recomendações gerais que traz o documento para prevenção da Monkeypox:

Hotéis, motéis e congêneres

– Intensificar a limpeza e desinfecção dos ambientes destinados a uso coletivo como saunas, piscinas, vestiários, salões de jogos, salas de atividades, salas de TV, utilizando solução desinfetante padronizada e regularizada pela ANVISA;
– Realizar a limpeza dos quartos, sanitários e mobiliário e garantir a troca de roupas de cama e banho a cada usuário;
– Não sacudir roupas sujas retiradas para evitar que os microrganismos se espalhem, devendo estas serem segregadas e mantidas em sacos plásticos fechados até seu processamento final (lavagem).

Salões de beleza e congêneres

– Realizar processo de desinfecção, em mobiliários e objetos de uso comum (escovas e pentes) entre um usuário e outro, utilizando álcool 70%, solução de hipoclorito ou outra solução desinfetante padronizada e regularizada pela ANVISA;
– Não sacudir as roupas sujas (toalhas, capas, lençóis) para evitar que os microrganismos se espalhem, devendo estas serem segregadas e mantidas em sacos plásticos fechados até seu processamento final (lavagem).

Academias

– Posicionar kits de limpeza em pontos estratégicos das áreas de musculação, contendo toalhas de papel e produto específico de higienização para que os clientes possam usar nos equipamentos de treino, como colchonetes, halteres e máquinas. No mesmo local, deve haver orientação para descarte imediato das toalhas de papel;
– Higienizar colchonetes, bolas, rolos, pesos, caneleiras e demais materiais de apoio às atividades de condicionamento físico, entre um usuário e outro e submetê-los à desinfecção ao final das aulas;
– Providenciar separação e identificação dos materiais como “Higienizados” e “Não higienizados”;
– Não sacudir as roupas sujas (toalhas, lençóis, roupas de Neoprene utilizadas em eletroestimulação) para evitar que os microrganismos se espalhem, devendo estas serem segregadas e mantidas em sacos plásticos fechados até seu processamento final (lavagem).

Comércio Varejista de Alimentos (Hipermercados, Supermercados, Mini mercados, Restaurantes e similares)

Disponibilizar recipientes abastecidos com álcool em gel antisséptico ou produto similar para a higienização das mãos;
– Proteger as máquinas utilizadas para pagamento devem estar, com material impermeável que facilite a higienização (capa protetora ou filme plástico);
– Promover a limpeza das barras e alças com produtos saneantes notificados/ registrados junto à ANVISA em carrinhos ou cestos para os clientes;
– Evitar falar excessivamente, tossir, espirrar, tocar nos olhos, nariz e boca enquanto escolhe os produtos expostos.

Ambientes de trabalho

– Na presença de sinais e sintomas compatíveis com a doença, o funcionário/ colaborador deve ser encaminhado para uma Unidade de Saúde;
– Recomenda-se o uso de máscara facial, cobrindo boca e nariz, por funcionários e usuários dos serviços;
– Disponibilizar lavatórios com água, sabão, dispensadores de papel toalha e lixeira com tampa e acionamento por pedal, constantemente abastecidos para higienização frequente das mãos;
-Manter ambientes bem ventilados, privilegiando a ventilação natural;
-Intensificar a limpeza e desinfecção das dependências, incluindo sanitários, vestiários, refeitórios, maçanetas, barras de apoio e corrimãos.

    De acordo com a SMS, os protocolos que devem ser seguidos nas escolas ainda serão definidos em parceria com as Secretarias de Educação e Governo do Estado. “Estamos trabalhando no detalhamento das diretrizes, mas, de forma geral, a orientação é que pais ou responsáveis não encaminhem seus filhos à escola caso a criança apresente qualquer suspeita de sinal ou sintoma de monkeypox, como lesões na pele associadas ou não a febre, ínguas, cansaço e dores de cabeça, musculares e nas costas e procurem imediatamente a Unidade Básica de Saúde [UBS] mais próxima de casa para avaliação”, afirma Melissa Palmieri, médica da Vigilância Epidemiológica da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa).
     Integram o comitê as secretarias-executivas de Atenção Básica, Especialidades e Vigilância em Saúde, de Atenção Hospitalar, de Gestão Administrativa, de Regulação e Monitoramento e Avaliação e Parcerias. Membros do grupo se reúnem semanalmente para discutir as melhores condutas a serem adotadas de acordo com o cenário epidemiológico atual.
“Nossas equipes técnicas avaliam e monitoram atentamente o cenário epidemiológico da monkeypox na cidade elaborando estratégias assertivas e eficazes de controle da doença, assim como fizemos com a Covid-19.  A rede municipal está com toda a operação de atendimento, diagnóstico e monitoramento em pleno funcionamento para o enfrentamento da monkeypox”, destaca o secretário municipal da Saúde, Luiz Carlos Zamarco.

Forma de Prevenção da Monkeypox

– Evitar contato íntimo – beijar, abraçar ou manter relações sexuais, com pessoas que tenham erupções cutâneas e ou que sejam caso confirmado para Monkeypox;
– Usar máscara (cobrindo boca e nariz) para proteção de gotículas e saliva;
– Não compartilhar roupas de cama, toalhas, talheres, copos, brinquedos e objetos pessoais;
Higienizar frequentemente as mãos com água e sabão ou álcool em gel.
Segundo o Boletim da SMS, a cidade de São Paulo tem nesta quinta-feira (25), 1.964 casos confirmados de Varíola Símia, sendo 121 (6,16%) em pessoas do sexo feminino e 1.837 (93,53%) masculino. Há ainda 8 casos prováveis e 738 em investigação. O primeiro caso foi confirmado pelo Instituto Adolfo Lutz dia 09 de junho.

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