Quadro clínico da Doença de Alzheimer possui quatro estágios

Doença de Alzheimer

Programa Acompanhante de Idoso (PAI). Foto: Divulgação PAI

Esta quarta-feira (21) é o Dia Nacional da Conscientização da Doença de Alzheimer, que tem acompanhamento na rede municipal de saúde.

   Esta quarta-feira (21) é dedicada à Conscientização da Doença de Alzheimer, a condição degenerativa que mais cresce no mundo, acompanhando o envelhecimento da população.

    Normalmente, o Alzheimer se apresenta a partir dos 65 anos e se caracteriza pela perda progressiva das funções cognitivas, com alterações de comportamento e de personalidade que interferem na capacidade de trabalho e nas relações sociais. A doença não afeta apenas a pessoa diagnosticada, mas todos os que convivem com ela, uma vez que na maior parte dos casos o cuidador é um membro da família.

O quadro clínico do Alzheimer costuma ser dividido em quatro estágios:

1. Forma inicial: alterações na memória, na personalidade e nas habilidades visuais e espaciais;
2. Forma moderada: dificuldade para falar, realizar tarefas simples e coordenar movimentos, agitação e insônia;
3. Forma grave: resistência à execução de tarefas diárias, incontinência urinária e fecal, dificuldade para comer, deficiência motora progressiva;
4. Terminal: Restrição ao leito, mutismo, dor à deglutição e infecções recorrentes.

   A perda de memória se dá, no início, em relação aos acontecimentos recentes, sintoma mais perceptível e mais característico da doença. Com o passar do tempo, aparecem elementos como a repetição da mesma pergunta várias vezes, a dificuldade para acompanhar conversações ou pensamentos complexos e elaborar estratégias para resolver problemas. Demonstrações de irritabilidade, suspeição injustificada, agressividade, passividade, interpretações erradas de estímulos visuais ou auditivos e tendência ao isolamento também são um alerta.

   Entre as causas do Alzheimer estão fatores não modificáveis, como a idade e a genética, e os chamados fatores modificáveis, relacionados aos hábitos de vida. Nesse sentido, evitar a doença passa pelo cultivo de hábitos semelhantes aos recomendados à prevenção de outras doenças: ter uma dieta equilibrada, evitar o sedentarismo, o tabagismo, o consumo excessivo de álcool e o isolamento social.

Além disso, manter o cérebro ativo por meio de leituras e exercícios cognitivos é apontado como um importante fator de proteção.

Tratamento

  O diagnóstico diferencial da doença leva em consideração a história clínica do paciente, com a realização de testes de rastreio da memória e exames, que podem incluir sangue completo, urina e tomografia ou Ressonância Magnética (RNM) de crânio.

  Não existe cura para o Alzheimer. A meta do tratamento é retardar a evolução e preservar por mais tempo possível as funções intelectuais e executivas. Os melhores resultados são obtidos quando o acompanhamento é iniciado nas fases mais precoces.

  Os casos de demência, inclusive o Alzheimer, são considerados fatores de fragilidade funcional e, a partir de encaminhamento pela Unidade Básica de Saúde (UBS), o paciente receberá a indicação para acompanhamento em especialidades.

   A rede municipal conta ainda com as Unidades de Referência em Saúde do Idoso (Ursis), onde os pacientes são atendidos por equipe multiprofissional formada por médico, enfermeiro, assistente social, nutricionista, psicólogo, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, cirurgião dentista, fisioterapeuta, educador físico e farmacêutico, além de profissionais de nível médio, para diagnóstico, tratamento e acompanhamento compartilhado com a UBS.

  As equipes do Programa Acompanhante de Idosos (PAI) também atendem pessoas idosas em situação de vulnerabilidade e pacientes acamados, que necessitam de atendimento domiciliar.

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