Novembro laranja: mês de alerta ao zumbido

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Otorrinolaringologista alerta para o problema que atinge mais de 40 milhões de brasileiros

     O Novembro Laranja chama a atenção para a Campanha Nacional de Alerta ao Zumbido, que é o som contínuo percebido nos ouvidos ou na cabeça sem um estímulo sonoro externo, e 11 de novembro é o Dia Nacional de Conscientização sobre Zumbido. O problema atinge mais 40 milhões de brasileiros, segundo a Associação de Pesquisa Interdisciplinar e Divulgação do Zumbido (APIDIZ), e deve ser tratado, já que é um sintoma que pode indicar diversas doenças que acometem a via auditiva.

“O zumbido, também chamado de tinnitus, é um sintoma comum, mas desconhecido, já que muita gente sofre sem saber que existe tratamento. Além disso, também serve de alerta para outros problemas de saúde e hábitos errados que afetam o sistema auditivo. Por isso, é preciso passar por uma consulta com um especialista para o devido diagnóstico”, afirma Dra. Cristiane Dias Levy, otorrinolaringologista.

Causas

Na maioria dos casos, as condições que levam ao zumbido têm origem no próprio sistema auditivo. Algumas delas são:

• Perda auditiva, que pode ser causada pelo envelhecimento, pela exposição a ruídos intensos (em shows ou fone de ouvidos, por exemplo), pelo acúmulo de cerume nos ouvidos e por infecções;

• Algumas modificações dos ossículos da audição;
 
• Neurinoma do acústico (tumor raro que acomete o nervo auditivo);

Além disso, há diversos problemas em outros sistemas do organismo ou relacionados a maus hábitos que levam ao mesmo sintoma, o zumbido. Entre eles, estão:

• Colesterol alto, diabetes ou hipertensão arterial;

• Problemas na articulação temporomandibular;

• Alterações hormonais da tireoide e hormônios sexuais;

• Uso de medicamentos, como diuréticos, antidepressivos e antibióticos;

• Distúrbios psiquiátricos, como depressão e ansiedade;

• Malformações de vasos da cabeça e pescoço;

• Tabagismo;

• Consumo excessivo de açúcar, sal e cafeína;

• Consumo excessivo de álcool.

“Como as causas são diversas, o otorrinolaringologista precisa avaliar o tipo de zumbido, sintomas associados e hábitos de vida do paciente, além de examinar a anatomia interna dos ouvidos e da mandíbula, bem como observar os vasos sanguíneos da região. Outros exames também podem ser necessários”, explica a Dra. Cristiane.

Tratamento

      O tratamento depende da causa, e pode incluir a remoção de cera, antibióticos para tratar infecções, uso de aparelho auditivo para perda de audição ou até mesmo a terapia de som, que pode ajudar a diminuir a percepção do zumbido com a emissão de ruídos brancos por meio de aparelhos específicos e tratamento clínico com medicamento. “Caso o zumbido tenha como causa a hipertensão arterial, por exemplo, o tratamento vai focar nesta doença”, pontua a especialista.

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