Dicas para evitar infecções virais na volta às aulas

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Especialista da ABORL-CCF orienta sobre os cuidados a serem tomados neste retorno presencial ao ambiente escolar

   A partir da próxima semana terão início as aulas na rede escolar. Para que o retorno ao ensino presencial ocorra com maior segurança à saúde, reduzindo as chances de contaminações e infecções virais, alguns cuidados diários são importantes.

“A escola tem um papel fundamental para o desenvolvimento da saúde psíquica, cognitiva e física de crianças e jovens e, por isso, a experiência da convivência escolar é de extrema importância para eles. No entanto, atualmente, o retorno aos ambientes de uso coletivo vem acompanhado de medidas preventivas, como continuar adotando os protocolos sanitários de segurança,” explica a otorrinolaringologista da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF) e coordenadora do setor de Otorrinolaringologia Pediátrica da Unicamp, Dra. Rebecca Maunsell.

   Para auxiliar pais, alunos e professores, a especialista, que é secretária-adjunta do Conselho Fiscal da ABORL-CCF, dá orientações para reduzir os riscos de transmissão de doenças virais respiratórias.

– Manter o uso de máscaras
A transmissão dos vírus se dá pelas gotículas expelidas pelo nariz ou boca de uma pessoa contaminada. Por isso, fazer o uso de máscaras é de extrema importância, pois o acessório atua como uma barreira física.

– Higienizar as mãos
A higienização das mãos reduz a presença de microrganismos e, consequentemente, o risco de contaminação e transmissão de doenças. Lavar as mãos frequentemente e fazer uso do álcool em gel são recomendações tanto para os alunos quanto para professores.

– Evitar levar às mãos ao próprio rosto
Olhos, nariz e boca são portas de entrada para diversos vírus. Tocar o rosto aumenta a chance de contato com perdigotos e secreções corporais. Evitar o hábito é uma atitude preventiva importante.

– Fazer a higienização nasal diariamente
A mucosa nasal é uma importante barreira contra infecções. A higienização nasal feita com soro fisiológico ajuda a manter a mucosa nasal limpa e hidratada e o nariz desobstruído. A profissional da ABORL-CCF orienta a fazer a higienização nasal duas vezes ao dia.

– Cobrir as vias respiratórias sempre que tossir e espirrar
O ato de tossir e espirrar potencialmente espalha perdigotos que podem contaminar o ambiente e outras pessoas. Dra. Rebecca recomenda que seja utilizada, por exemplo, a parte interna do cotovelo, flexionando o braço, para cobrir o rosto.

– Limpar superfícies
Muito importante para eliminar microrganismos causadores de doenças, a higienização de superfícies e objetos de manuseio frequente, como materiais pedagógicos compartilhados, deve ser constante. A desinfecção pode ocorrer com uso de água e detergente ou álcool.

 – Manter a hidratação
Tomar bastante água traz diversos benefícios. Quando se está bem hidratado, as mucosas do nariz, boca e garganta ficam úmidas e reduzem os riscos de alergias e doenças respiratórias.

– Não compartilhar objetos pessoais
A transmissão de doenças com alto contágio pode ocorrer em objetos de uso coletivo. A recomendação da especialista é que itens como garrafinhas, copos e talheres sejam de uso individual. Dessa forma, cada um fica responsável pela limpeza do próprio objeto.

– Ter uma alimentação rica em nutrientes
Prezar por uma alimentação saudável ajuda a fortalecer o sistema imunológico. Alimentos como frutas e legumes agregam vitaminas e outros nutrientes importantes para a saúde.

“Além destas medidas, é extremamente importante que os pais e a escola tenham consciência da importância de evitar que crianças e jovens com sintomas respiratórios frequentem ambientes coletivos sem uma avaliação médica. Somado a isso, devem estimular hábitos de vida saudáveis, como qualidade de sono e prática de esportes, que favorecem o bom desenvolvimento do sistema imunológico”, finaliza a Dra. Rebecca.

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