Aumenta a diferença entre salários de homens e mulheres em São Paulo

Divulgação / Ministério das Mulheres
Riselda Morais – São Paulo – De acordo com dados do 3º Relatório de Transparência Salarial e Critérios Remuneratórios, divulgados pelo Governo Federal, a diferença salarial entre profissionais homens e mulheres no estado de São Paulo, cresceu 0,55% entre setembro de 2024 quando os homens recebiam 21,62% a mais que as mulheres até esta segunda-feira, 07 de abril, que os homens recebem 22,17% a mais que as mulheres.
Segundo o relatório, no Brasil, a diferença é de 20,87% e teve um aumento 0,18% entre setembro do ano passado e este mês.
A média salarial das mulheres em São Paulo é de R$ 4.516,92 enquanto a média salarial dos homens é de R$ 5.803,67, uma diferença de R$ 1.286,75. Além da diferença salarial entre os profissionais conforme o sexo, o relatório apontou também, a questão racial através da diferença salarial entre as mulheres negras que têm média salarial de R$ 2.864,39, enquanto as mulheres não negras ganham 38% a mais, chegando a média salarial de R$ 4.661,06.
O relatório aponta um ponto positivo, no mesmo período, houve um aumento de 18,2% na participação das mulheres negras no mercado de trabalho, passando de 3,2 milhões de mulheres negras empregadas em setembro de 2024 para 3,8 milhões neste inicio de abril.
No período de 2015 a 2024, o número de mulheres no mercado de trabalho formal cresceu de 38,8 milhões para 44,8 milhões respectivamente, um aumento de 6 milhões de mulheres empregadas. Enquanto o número de homens ocupados passou de 53,5 milhões em 2015 para 59 milhões em 2024. Um aumento de 5,5 milhões de homens no mercado formal.
A diferença salarial é percebida também, de acordo com o cargo. Segundo dados do relatório, as profissionais de serviços administrativos recebem 79,8% dos valores dos salários dos homens; as diretoras e gerentes recebem 73,2% e as profissionais de nível médio recebem apenas 68,5% do valor do salário dos homens.
Lideram as desigualdades salariais os estados do Paraná com 28,54%, Espírito Santo com 28,53%, Santa Catarina 27,96%, Rio de Janeiro com 27,82% e Mato Grosso 27,04%. Enquanto os estados com menores diferenças salariais são Pernambuco com 9,14%, Acre 9,86%, Distrito Federal 9,97%, Piauí 10,04%, Ceará 10,21% e Alagoas com 11,08%, Amapá 12,69% e Pará 14,88% de diferença salarial.
A pesquisa foi realizada em 17.510 estabelecimentos paulistas.
Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República